terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Quero-te

Quero-te. Plena. Inteira. Indivisa.

Quero colar-me ao teu peito e adormecer embalado pelo ritmo apressado do teu menor que três. Quero acordar perdido, num tempo distante, num qualquer quarto de hotel, para te descobrir a meu lado. E, de olhos abertos, vigiar o teu sono, o meu sonho.

Quero-te, imagem, gravada na minha retina ao adormecer e estampada na minha memória ao acordar. E, nos entretantos a que os outros chamam dias, quero ver o mundo pelos teus olhos. A cores, às cores, a preto e branco, tingido de ti.

Quero a tua lágrima no meu rosto e o teu sorriso na minha face. Como se de um beijo se tratasse. Teu. Único. Que procuro com a fome desenfreada do jejum e a sede incontrolável do deserto. Um. Mais. Todos. Mais.

Quero ver na minha a tua sombra e na água da chuva o teu reflexo. Quero ouvir-te na minha voz e tropeçar no silêncio dos teus passos. Quero prender-me em ti, perder-me em ti, soltar-me contigo. Hoje. Amanhã. Depois. Muito depois. Muitos depois.

Quero-te!
Plena. Inteira. Indivisa. Una.
Uno. Ganhei?!?

1 comentário:

  1. Um desabafo para a eternidade. A blogosfera está cheia disto. O que é que um extraterrestre pensará destes escritos, quando eles chegarem a outro sítio do universo - ou do multiverso -, daqui a uma catrefada de anos-luz? Felizmente, já cá não estaremos.

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