sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Happily Ever After

... fora eu um seis e viveríamos felizes para sempre...

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Infinito

Espero-me.

Alimento-me do tempo que me falta com a confiança de quem não conhece limites. O tempo é, para mim, infinito. Um todo que é, claramente, superior à soma das partes que o compõem. Os meus minutos têm, precisamente, 61 segundos. E é nesse outro segundo, nesse instante de tempo só meu, em que o mundo parado me espera, que eu te encontro. És, pois, à falta de melhor descrição, como que a representação gráfica da minha infinidade temporal.

Vá lá, matematicamente, és como que um nove deitado.
Convenhamos, nada de especial...

Porque me espero?

domingo, 19 de setembro de 2010

Tu

Toco, ao de leve o teu rosto,
Uma lágrima, um sorriso, um olhar,
Livro, poema, sol e luar,
Imagem perfeita, a que me acosto.
Procuro, no verso de cada palavra,
A estória que te mantenha encantada...

Se a não encontrar, escrevo-ta... com a certeza de um final feliz!
Beijo enorme

Teatro

"Sorvo as tuas palavras até à última gota, até que o som da palha a aspirar o vazio, corte o silêncio em que me deixaste.

Não tenho voz. Não consigo dizer-te a falta que não me fazes, ou talvez faças. Tento, com uma mímica de gestos incompreensíveis, demonstrar-te a forma como já não te sinto. Nos meus olhos, lê-se o desespero do vazio, o desalento de um nada acumulado em finas camadas de memórias perdidas.

Na pele, marcado a ferros, um nome que já mal distingo, num corpo que dizem meu. Nos lábios, estes que um dia quiseste, esfuma-se agora um último cigarro, a par com as palavras que nunca te disse. Nas mãos, fortes, seguras, trago ainda um pouco de mim. Carrego-me para todo o lado, numa linha invisível que um dia, cigana, tentaste ler."

- Que melodrama. Mas o que é isso? - interrompes-me.
- Então, não foi o que pediste? - respondo-te, perplexo.
- Quero mais acção, mais vida, mais, mais... tu sabes.
- Não, não sei.
- Pois, já deu para ver... não entendes nada de amor...