Palavras desconexas, ligadas para sempre por significados ocultos e inexoráveis. Palavras silenciosas, mudas, caladas, sentidas, perdidas em tempos e espaços que não os presentes. Palavras rasgadas na verdade, dissimuladas na mentira e insondáveis na imensidão do in between. Palavras de ódio, de amor, de amizade, de loucura, de tudo e de nada e ainda mais um pouco.
Palavras que pintam sorrisos, escondem segredos, desbravam caminhos e combatem medos. Palavras que alimentam, que carregam, que suportam, que ensinam. Palavras soltas, caídas, jogadas, abandonadas, unidas por letras que as descompõem nos espaços em que se afastam. Palavras de ordem, sem ordem, ordenadas no caos por uma estranha vontade própria.
Palavras que não são minhas, nem tuas, nem de ninguém. Palavras que não conhecem dono ou lealdade. Palavras imaginadas em sonhos e lançadas aos sete ventos numa dura ilusão de realidade. Palavras cruéis, inocentes, com pronúncia de criança e ponderação de adulto. Palavras que tudo podem e nada mudam.
Palavras. No fim, são só palavras... nada mais... talvez menos...
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Palavras...No entretanto...são bem mais que apenas, meras palavras...ouve a melodia que as acompanha...inala o aroma que as envolve...sente o calor que emanam...aconchega-te no colo que oferecem...guarda as imagens que nelas se reflectem...muito mais...calam-se as palavras, tudo mais se ouve no silêncio...que tudo pode e tudo muda...
ResponderEliminarSe soubéssemos quantas e quantas vezes as nossas palavras são mal interpretadas, haveria muito mais silêncio neste mundo.
ResponderEliminarOscar Wilde