Assombra-me este atroz pressentimento,
Esta certeza, este saber, esta verdade,
Este sentido que me inverte a realidade,
Este nada, que reduz tudo o que aumento.
Assusta-me saber-me em fogo lento,
Numa luta desigual contra a vontade
De fugir, de me esconder da liberdade,
Sufocado pelo ar que é meu sustento.
Tenho medo da certeza incontornável,
Do destino, do acaso, deste fado,
Que há quem diga escrito inevitável.
Receio, sobretudo, inconformado,
Esta ânsia que sinto, inconfessável,
De prever esse futuro não sonhado...
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